Não poderia
ter momento mais complicado para Pedro Pedrozo assumir o Executivo de
Farroupilha. Vice-prefeito, ele substitui desde 10 de março a Claiton Gonçalves
(PDT), que pediu licença do cargo por tempo indeterminado alegando problemas de
saúde. E, com menos de 10 dias na função, o socialista está tendo que enfrentar
a maior pandemia da história contemporânea no planeta. “Nos organizamos e já
temos um comitê de crise. Estamos confiantes em ter as menores baixas possíveis
com a iminente chegada dessa gripe”, afirmou Pedrozo nesta sexta-feira (20) em
entrevista à Rádio Gaúcha.
O prefeito
de 56 anos, amante das artes, conta que a prefeitura reuniu 300 profissionais de saúde para que,
juntos, possam estabelecer a melhor forma de combater a coronavírus. Dois dias
atrás, um rapaz que mora na Inglaterra voltou a Farroupilha para visitar os
pais. Encontrou-se também com amigos, jogou cartas, foi ao mercado e participou de
eventos na Vila Jansen, uma das mais tradicionais localidades da cidade da Serra Gaúcha. Em seguida, o jovem começou a sentir sintomas de gripe. E os
testes clínicos deram positivo para o temível Covid-19, que já infectou mais de
200 mil pessoas e causou pelo menos 8 mil mortes ao redor do mundo.
“Estamos
decretando o isolamento total da Jansen para monitorar os moradores. Montamos ali perto
um hospital de guerra, com capacidade para 30 pessoas, em um prédio que estava
desativado. Ali é feito o primeiro atendimento e, dependendo do caso, indicamos
o paciente para hospitais convencionais”, informou o prefeito.
As medidas de controle não se restringem à vila de cerca de 250 moradores. Em toda a cidade, comércios
estão sendo fechados. A prefeitura quer manter em atividade apenas serviços
essenciais. “Estamos com todas as forças da cidade voltadas para o problema Em
locais que promoveram isolamento social, essa gripe passou com menos
intensidade”, explicou.
De acordo
com o prefeito, o conselho de crise para tratar da questão conta com gestores,
médicos, administradores e outros profissionais. Aí aparece uma nova marca
socialista: “Tomamos todas as decisões
em conjunto. O mais importante é que todos saibam que o lugar mais seguro é em
casa, não é o hospital ou o posto de saúde. Não se pode jogar carteado na casa
de amigos, o tempo é de ficar em casa. A luta é dura e difícil, e claro que todos
terão prejuízos financeiros. Mas primeiro temos de estar vivos, depois corremos
atrás do prejuízo.”
Fonte: Comunicação PSB/RS