Deputada Franciane assina requerimento para instalação da CPI dos medicamentos da covid-19

19/03/2021 (Atualizado em 19/03/2021 | 12:12)

Foto: Aryan Morais
Foto: Aryan Morais

A deputada estadual Franciane Bayer (PSB) assinou o requerimento para que seja instalada na Assembleia Legislativa uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar denúncias de aumentos exorbitantes de preços de medicamentos e insumos utilizados no combate da Covid-19. Proposta pelo deputado Dr. Thiago Duarte (DEM), a criação da CPI depende da adesão de 19 parlamentares, de acordo com a legislação. “Me somo a esta iniciativa do meu colega pois temos recebido inúmeras denúncias sobre o assunto na Comissão de Saúde, em especial dos medicamentos que compõe o kit necessário para intubação. Neste momento de calamidade que enfrentamos, é inaceitável que isto esteja acontecendo e como representantes do povo temos a obrigação e responsabilidade de investigar”, defendeu a parlamentar.


Nesta quarta-feira (17), durante conferência virtual promovida pela Comissão de Saúde representantes da rede hospitalar foram enfáticos ao descreverem o cenário de guerra enfrentado pelos profissionais da saúde em decorrência da pandemia da Covid-19, e apontaram a elevação nos preços de medicamentos e insumos, a falta de equipamentos, como respiradores e cilindros de oxigênio, a exaustão das equipes e a dificuldade de custeio da estrutura hospitalar.


Cristiano Dickel, do Hospital Bruno Born de Lajeado, citou uma série de itens que tiveram aumento nos últimos meses, informando que a média de gastos com equipamentos de proteção individual (EPIs), por exemplo, que era de R$ 170 mil, passou para R$ 563 mil, tendo se passado o mesmo com outros itens do cotidiano do hospital.


Vanderli de Barros, do Hospital Vida & Saúde de Santa Rosa, contou que uma caixa com cem luvas que custava R$ 13,92 no ano passado, passou a custar R$ 89,00 este ano. Um determinado anestésico cuja ampola custava R$ 2,50, segundo ela, hoje custa R$ 20,24. Disse que, além da dificuldade de encontrar os medicamentos, havia esse aumento exagerado, especialmente nos kits de relaxamento muscular e anestésicos. Gilberto Antonio Gobbi, administrador do Hospital Ana Nery, de Santa Cruz do Sul, e presidente Sindicato do Vale do Rio Pardo, citou anestésicos pelos quais se pagavam R$ 8 mil por mês e hoje custariam R$ 130 mil.



Fonte: Ascom Dep. Franciane Bayer