Responsável pelos dados sobre a
Covid-19 divulgados pelo monitor da Universidade Johns Hopkins, o médico Erick
Feigl-Ding, um dos primeiros epidemiologistas a alertar sobre a
proporção pandêmica a qual iria chegar o surto da doença, se mostrou bastante
alarmado com a pandemia no Brasil. Por meio do seu perfil no Twitter, o
especialista fez críticas contundentes à gestão de Jair Bolsonaro (sem partido) e disse que
é urgente “salvar o país”.
“Se o Brasil cair para P1 (referência a variante do coronavírus de
Manaus) ainda pior… o mesmo acontecerá com uma parte da América Latina e do
mundo. E por isso que devemos resgatar o Brasil com urgência, agora. Bolsonaro
que se dane”, disse ele.
O médico, que é PhD em saúde pública, também fez considerações sobre
o colapso do sistema brasileiro, principalmente, em relação à falta de equipamentos para
intubação e oxigênio. Ele também destacou a falta de uma ação
concreta e ágil do ministério da Saúde para resolver as questão apresentadas
por governadores e prefeitos.
“O departamento de saúde do estado de São Paulo previu que os estoques
de medicamentos usados para intubação em hospitais públicos durariam apenas
mais uma semana – está exigindo “medidas expressas e urgentes” do Ministério da
Saúde do Brasil – que não respondeu aos repetidos pedidos de
comentários”, afirmou.
Brasil: um desastre total sob Bolsonaro
Além de São Paulo, Feigl-Ding também citou uma reportagem produzida
pela CNN que trata da
situação no Rio de Janeiro. Ele usou a postagem para mostrar que além dos
problemas já enfrentados no tratamento aos infectados, no país também não tem
funcionado o Plano Nacional de Imunização (PNI). “E agora, o Rio de Janeiro
suspendeu sua campanha de vacinação – estava sem estoque de vacina”, comentou o
médico.
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de intubação
Ainda sobre a vacina, o epidemiologista criticou a demora do governo
brasileiro em garantir os imunizantes para a população. E classificou a postura
de Bolsonaro como a “pior gestão de uma pandemia”.
“Vacinas que virão meses e meses a partir de agora é um pouco tarde
demais. Negociação de vacinas quando leitos de UTI são > 90% cheio é a PIOR
GESTÃO DE UMA PANDEMIA para qualquer país”, criticou.
‘Dedos cruzados’
Apesar da gravidade da situação, Feigl-Ding também se mostrou otimista
em uma possível intervenção externa para ajudar na trágica situação brasileira.
Segundo ele, líderes mundiais estariam conversando na capital norte-americana,
Washington sobre como auxiliar o país e pediu “dedos cruzados”.
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Brasil bate 24º recorde consecutivo
“Estou ouvindo que líderes em DC estão ativamente pensando em algo para
ajudar o Brasil. Dedos cruzados para ação rápida … Vou manter as pessoas
informadas se houver algum progresso.”
Fonte: por: Jaqueline Nunes - Socialismo Criativo