Fernández responde Bolsonaro sobre papel dos militares na pandemia

15/04/2021 (Atualizado em 15/04/2021 | 18:24)

Socialismo Criativo reprodução
Socialismo Criativo reprodução

Em mais um exemplo de desrespeito à autonomia dos povos, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) publicou nas redes sociais um post que diz “exército argentino nas ruas para manter o povo em casa. Toque de recolher entre 20h e 8h”. Uma insinuação sem fundamento de que o país vizinho pratica um Estado de exceção.

O presidente da Argentina, Alberto Fernández, respondeu nesta quinta-feira (15) a provocação de Bolsonaro. Em uma entrevista a uma rádio, o mandatário argentino informou que os militares desempenham um papel de apoio na pandemia de coronavírus naquele país. Ele  considerou “impactante que Bolsonaro diga uma coisa assim”.

“São oficiais que fizeram a carreira na democracia, defendem as instituições e a partir deste espaço têm colaborado de modo magnífico na pandemia, levando assistência a locais de maior vulnerabilidade.”

Alberto Fernández

Fernández anuncia novas medidas na Argentina

Na noite desta quarta, o governo argentino anunciou novas medidas de restrição à circulação de pessoas para frear uma segunda onda de coronavírus no país.

Sobre o papel das Forças Armadas, Fernández disse que “pedi que me ajudassem a montar postos de saúde para tornar os exames mais rápidos”.

“O exército tem médicos e enfermeiros muito qualificados, e foi isto que pedi. Eu não declarei estado de sítio nem penso em fazer e as Forças Armadas não fazem segurança interna, estão aí para fazer o que fazem muito bem que é, em situações de catástrofe, dar apoio às pessoas.”

Alberto Fernández

 

Fernández decidiu proibir a circulação entre 20h e 6h a partir de sexta-feira na área metropolitana de Buenos Aires e autorizou a Polícia Federal a supervisionar o cumprimento da medida.

A Argentina enfrenta uma aceleração de contágios, com quase 25 mil novos casos na quarta-feira, e os especialistas advertem que o sistema hospitalar está perto do limite. Com 45 milhões de habitantes, a Argentina acumula 2,6 milhões de casos e 58.542 mortes desde o início da pandemia de Covid-19.

 


Fonte: Socialismo Criativo com informações do G1