Tragédia do Brasil de Bolsonaro é capa da revista The Economist

04/06/2021 (Atualizado em 04/06/2021 | 11:49)

reprodução internet
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O Brasil está na capa da edição desta semana da revista britânica The Economist. A imagem que ilustra a capa da publicação traz um Cristo Redentor que respira com auxílio de uma máscara de oxigênio. A reportagem aborda a condução irresponsável de Jair Bolsonaro (sem partido) da pandemia da Covid-19 e avalia que poucos países caíram tão rápido quanto o Brasil na crise sanitária e que, se o país quer se recuperar, deve reconhecer primeiro “o que deu errado”.

Crise no Brasil é culpa de Bolsonaro


O líder da Oposição na Câmara, Alessandro Molon (PSB-RJ), comentou a capa da publicação britânica. “The Economist afirma que a atual crise no Brasil é responsabilidade do governo Bolsonaro e di que é prioridade do país derrotar o presidente nas eleições, em 2022.

Economia do Brasil encolheu, aponta The Economist

“Hospitais estão lotados, nas favelas ecoam tiros e há um recorde de 14,7% trabalhadores desempregados. Incrivelmente, a economia do Brasil está menor agora do que era em 2011 – e serão necessários muitos trimestres fortes, como o relatado em 1º de junho, para reparar sua reputação. O número de mortos no Brasil em Covid-19 é um dos piores do mundo. O presidente, Jair Bolsonaro, brinca que as vacinas podem transformar as pessoas em crocodilos”, inicia o texto.

Sobre o presidente Bolsonaro, a reportagem afirma que a “desilusão” no país abriu o caminho para a vitória do ex-militar. “Ex-capitão do Exército com uma queda pela ditadura, ele convenceu os eleitores a verem sua impropriedade política como um sinal de autenticidade. Ele prometeu expurgar políticos corruptos, reprimir o crime e turbinar a economia. Ele falhou em todas as três promessas”, prossegue o texto.

Negacionismo e recusa de compra de vacinas

“Na Covid-19, Bolsonaro apoiou comícios anti-lockdown e curas de charlatães. Ele enviou aviões carregados de hidroxicloroquina para tribos indígenas. Por seis meses ele ignorou ofertas de vacinas. Um estudo descobriu que o atraso pode ter custado 95.000 vidas”, continuou.

A revista então argumenta que, salvo o impeachment de Bolsonaro, o destino do Brasil será decidido pelos eleitores em 2022. “Seus rivais deveriam oferecer soluções em vez de espalhar nostalgia. Seu sucessor herdará um país danificado e dividido”, analisa.


Fonte: Socialismo Criativo / Com informações da Revista Fórum