Schuch em defesa da Reforma da Previdência

08/03/2017 (Atualizado em 08/03/2017 | 19:11)

 

Reforma da Previdência

As reformas da Previdência e trabalhista são os assuntos de todas as rodas nesta semana no Congresso Nacional. No Palácio do Planalto, o presidente Michel Temer (PMDB) afirmou ontem, ao defender a reforma da Previdência, que quem reclama das mudanças propostas pelo governo na área são as pessoas que ganham mais.

São Paulo tem que topar

O deputado federal gaúcho Heitor Schuch (PSB) disse que a reforma trabalhista já deveria ter sido feita há muito tempo. "Todo mundo reclama. O empresário acha que é muito tributo, muita contribuição, muito imposto, e um se sobrepõe ao outro." Ele cita o exemplo de empresas de médio porte que têm 30 pessoas na produção e 40 no escritório para dar conta da burocracia. Na opinião do deputado, "está muito claro que este assunto só vai evoluir no Brasil quando São Paulo topar conversar sobre isso, porque hoje, de cada R$ 100,00 que circula no Brasil, R$ 70,00 praticamente passam por São Paulo, e a indústria está lá".

Só erva-mate

Schuch comenta que, se "a gente abre a dispensa da casa lá no Rio Grande do Sul, só acha erva-mate, que é um produto gaúcho. O resto é de São Paulo, Minas e alguma coisinha do Rio. Acho que tem que criar uma comissão, chamar os entendidos do assunto, governadores, ex-governadores, tributaristas e também os empresários e os trabalhadores que conhecem um pouco disso, até para a gente poder fazer uma análise detalhada e aprofundada do problema", assinala.

Semana Santa "Nesta semana, aqui em Brasília", conta Schuch, "eu ouvi alguém dizer 'que pena que o carnaval acabou'. Já estou com saudades da Semana Santa. Mas a verdade é que o Parlamento precisa produzir. A reforma da Previdência é uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição), ela exige um fórum mais qualificado. Agora, a reforma trabalhista é um projeto de lei. Isso o governo aprova com muito mais tranquilidade ou com muito mais facilidade", avalia. Schuch se preocupa com as duas. "Até porque, aqui, a maioria não é do mundo do trabalho, é do mundo do capital. Portanto a gente já sabe por onde a decisão permeia. Acho injusto por demais quando se fala em reforma da Previdência querer pegar o professor, o homem que trabalha no asfalto, o agricultor que está lá no sol e nivelar todo mundo. Isso é muito ruim." 

 

*Coluna de Edgar Lisboa - JCRS

 

 

Fonte: Jornal do Comércio - RS