Catarina defende união de esforços em defesa da pesca artesanal gaúcha

10/03/2017 (Atualizado em 10/03/2017 | 13:38)

Catarina Paladini é deputado estadual pelo PSB/RS
Catarina Paladini é deputado estadual pelo PSB/RS

 

As comissões de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo e de Economia, Desenvolvimento Sustentável e do Turismo vão elaborar documento em defesa da pesca artesanal gaúcha. No ofício, a ser encaminhado ao Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) e Ministério do Meio Ambiente (MMA), constará as sugestões da audiência pública, realizada na manhã desta quinta-feira (09/03), que tratou do futuro da pesca da tainha, apontada como espécie em extinção, no estuário da Lagoa dos Patos e no litoral.

O regramento da pesca da tainha para a safra 2017 no Rio Grande do Sul não sofrerá alterações, mantendo as mesmas regras de temporadas anteriores. A decisão foi tomada em recente reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Pesca, do MAPA. Uma portaria interministerial, envolvendo as áreas do Meio Ambiente e Pesca, previa, inicialmente, uma série de limites e restrições à pesca artesanal, como a proibição do uso de redes em lagoas e quanto ao número de embarcações.

O deputado Catarina Paladini (PSB) participou da audiência onde afirmou que acredita na união das comunidades de pescadores e parlamentares para exigir posicionamento do governo federal sobre o assunto.  No último mês, o deputado acompanhou a prefeita de São José do Norte, Fabiane Zogbi, em audiência no MAPA, para tratar da realidade da pesca no País, em específico a questão da pesca no RS, no que tange a captura da tainha e a pesca artesanal. “Reforçamos a importância de conter a pesca predatória, porém, sem inviabilizar a renda e a vida dos pescadores artesanais, que não são os responsáveis pela extinção da tainha.”

Conforme o representante da colônia de pescadores de Tramandaí, Leandro de Medeiros, a pesca artesanal não é a culpada pela diminuição do número de peixes na Lagoa e no litoral. Ele acusa a pesca industrial, realizada por barcos pesqueiros de Santa Catarina, pelo fenômeno da escassez. “Eles vêm aqui com grandes traineiras e levam nosso pescado”, assegurou. Medeiros defendeu alterações nas portarias ministeriais que tratam do arrastão, tamanho das malhas pesqueiras.

A coordenadora da área de pesca artesanal da Emater também acredita que a pesca industrial seja um dos maiores problemas enfrentados pelos gaúchos. Para ela, o plano de gestão pesqueira para preservação e controle da fauna da Lagoa tem um erro de foco. A pesca oceânica atua no momento da migração reprodutiva, o que ocasiona uma destruição muito maior. “Precisamos fiscalizar a indústria da pesca para recuperar os estoques para a atividade tradicional da pesca”, ressalta.

 

 

Fabiana Calçada com Agência de Notícias ALRS/ Foto: Guerreiro 

Fonte: Ascom Bancada PSB na AL/RS