Beto Albuquerque concede entrevista ao Núcleo de Pesquisa da FJM/RS

14/03/2017 (Atualizado em 14/03/2017 | 16:09)

Beto Albuquerque defende candidatura própria do PSB à Presidência da República
Beto Albuquerque defende candidatura própria do PSB à Presidência da República

“Tenho convicção que os rumos do PSB serão definidos nas eleições de 2018. Precisamos ter candidatura própria às eleições presidenciais”. Esse foi um dos destaques da entrevista que o presidente do PSB/RS, Beto Albuquerque, concedeu, nesta segunda-feira (13/03), ao Núcleo de Pesquisa do PSB gaúcho. Ao lado das coordenações estaduais de São Paulo, Amapá e Alagoas, o PSB/RS foi escolhido pela Fundação João Mangabeira para resgatar a história partidária em diferentes regiões do país. O trabalho do grupo culminará num livro de memórias sobre a trajetória da sigla no Rio Grande do Sul.

Vice-presidente nacional da sigla, Beto relembrou que foi o ‘ficha 4’ do PSB nacional na época da reorganização da sigla, em 1986. O socialista destacou também episódios e ações que liderou durante seus 24 anos de mandato como deputado estadual e federal. “Tenho 31 anos de filiação. O PSB foi o meu único partido”, orgulha-se, defendendo que o papel da sigla é se diferenciar em meio à crise de identidade que afeta as instituições do país, notadamente os partidos políticos. “Precisamos nos diferenciar pelas ações que defendam e garantam as conquistas sociais, a começar pelo voto contrário à Reforma da Previdência conforme está posta pelo governo federal”, indicou.

Sobre o futuro do PSB, o dirigente defendeu que a sigla tenha “coragem e ousadia” para buscar o protagonismo nacional e colocar-se como alternativa à polarização política vigente no país desde o ano de 1994. “Precisamos colocar o peito na água e a cara na rua em 2018. Do contrário nossa identidade partidária será enfraquecida. Temos que ter apetite pelo protagonismo e não emprestar nosso apoio aos partidos que não sejam de esquerda”, defendeu afirmando que as eleições de 2018 marcarão o início de um novo ciclo político-partidário no país. 

Beto prosseguiu na análise ideológica, dizendo que a esquerda está dilacerada devido “aos erros e desmandos” cometidos durante o governo do PT no Palácio do Planalto. “Tem muita gente da esquerda que está pagando o preço sem dever. O PSB precisa se diferenciar e mostrar que o caminho para o Brasil é pela esquerda”, completou. O líder socialista também respondeu se sobre a possibilidade de concorrer às eleições de 2018. “Estou sempre à disposição do PSB para assumir qualquer tarefa. Assim como fiz nas eleições de 2014”, finalizou o socialista, que foi candidato à vice-presidência na chapa com Marina Silva, após o falecimento do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos.

A entrevista foi conduzida pelo coordenador do Núcleo de Pesquisa do PSB/RS e coordenador da Fundação João Mangabeira no Estado, Gildo Silva, além dos pesquisadores Carlos Orling e Sérgio Neglia, bem como o secretário-geral do grupo, Fernando Müller. 

 

 

Foto: Daniela Miranda - divulgação PSB/RS

Fonte: Saul Teixeira - Ascom PSB/RS