Schuch apoia decisão da Fetag de se retirar do Conseleite

19/11/2021 (Atualizado em 19/11/2021 | 10:15)

Foto: Divulgação
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Presidente da Frente Parlamentar da Agricultura Familiar, o deputado Heitor Schuch (PSB) manifestou apoio à posição da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS), que decidiu se retirar das reuniões do Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do Estado do Rio Grande do Sul (Conseleite-RS) enquanto a metodologia de formação e divulgação do preço de referência não for modificada. De acordo com nota oficial publicada pela entidade, "é público e notório que o Conseleite vem perdendo a sua credibilidade ao divulgar um preço de referência extremamente defasado do que realmente é praticado no campo. Há muito tempo, as entidades que representam os produtores alertam para que isso seja revisto. A divulgação do preço de referência, nos patamares de hoje, não contribui em nada para a manutenção de uma cadeia produtiva tão relevante como a pecuária leiteira."


Segundo a Fetag, todos os produtores cumprem as exigências de qualidade do leite feitas pelo Ministério da Agricultura, para comercializarem o seu produto. Entretanto, são remunerados de forma extremamente desigual pelas indústrias, com uma diferença média de R$0,40 por litro que, em alguns municípios, pode chegar até R$0,90. Esta prática de remuneração por quantidade e não por qualidade é um dos principais fatores de exclusão de famílias da atividade e que beneficia apenas as indústrias que impulsionam a concentração da produção.


Outro problema e que o produtor de leite após efetuar a entrega para a a indústria, só irá saber por quanto foi comercializado apenas 45 dias depois. Prática que deixa os produtores em extrema insegurança para adquirir os insumos e sobre a garantia de lucro ou não no mês. "E uma situação grave muito triste a que essas famílias vêm sendo submetidas, e que acaba excluindo cada vez mais o pequeno da atividade", destaca Schuch.


Desde o início do ano de 2020, o preço da ureia foi reajustado em torno de 200%, do adubo em 180%, da ração em 60% e vários defensivos para formação de pastagens e silagem em torno de 250%. Frente a isto, nos meses de outubro e novembro vários produtores tiveram uma redução de até R$0,40 por litro tornando insustentável a permanência na atividade. A Fetag-RS alertou sobre o problema e pediu soluções diversas vezes, porém não foi atendida.

Fonte: Ascom dep. Heitor Schuch