Entrevista: Saiba qual é a principal proposta do Plano de Governo de Beto Albuquerque para o RS

26/11/2021 (Atualizado em 26/11/2021 | 15:10)

Entrevista publicada originalmente nos 21 jornais regionais, edição de outubro de 2021

Foto: Tiago Belinski/Divulgação PSB RS
Foto: Tiago Belinski/Divulgação PSB RS

Há praticamente um ano da corrida eleitoral, Beto Albuquerque, pré-candidato ao Governo do Rio Grande do Sul pelo PSB, fala sobre os seus planos no comando do Estado.

Para o ex-deputado federal, governar o Estado não é um sonho ou uma pretensão pessoal, mas é um caminho para quem ama o Rio Grande do Sul e respeita a sua história.




>>> Leia também a primeira parte da entrevista do socialista


Os planos de Beto:


PSB/RS – Qual a principal proposta do seu Plano de Governo e o que fará, inicialmente, se for eleito?

Beto Albuquerque - Há muita coisa para fazer, mas acredito que o grande “calcanhar de Aquiles” do Rio Grande do Sul é ter, há décadas, a receita do ICMS abaixo da média de arrecadação do Brasil e de todos os estados da União. Também estamos na metade da fila do Índice do Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e estamos compartilhando o primeiro lugar no campeonato de evasão e repetência nas nossas escolas. A educação é uma alavanca chave para o desenvolvimento, chave para a geração de oportunidades com melhores salários. A educação é algo transformador que, creio, por muitos governos, foi deixada de lado, tratada com desleixo, desdenhada quanto à sua importância. Nós estamos ficando atrás do Brasil inteiro no que diz respeito ao conhecimento. Nossas escolas têm sérios problemas para serem resolvidos. Não são atrativas para os adolescentes e os jovens. Não possuem laboratórios de internet, de desenvolvimento de software, de robótica, laboratórios de ciências como matemática, física, química e biologia, de línguas. Exigências da atualidade da educação e do mercado de trabalho e de emprego que não conseguimos entregar. E não conseguimos oferecer essas oportunidades aos jovens, mesmo diante do grande esforço de pais, professores e professoras - muitos há sete anos sem sequer ter um centavo de reposição da inflação nos seus salários. O Rio Grande do Sul precisa de investimentos na educação como prioridade em um governo, proporcionando tecnologia, modernização, aulas em tempo integral e reposição salarial dos professores. Um governo precisa olhar para a educação em seu primeiro ano de mandato. Quanto mais investirmos na educação, mais será possível um desenvolvimento social e econômico.

Portanto, acredito que é preciso retomar, reiniciar e reerguer a educação do Rio Grande do Sul. Essa é a primeira grande prioridade que eu vejo transversal com saúde, com inovação, com tecnologia, com desenvolvimento econômico e social. A educação é transversal com todos esses aspectos, que também precisam ser trabalhados em nosso Estado. Mas sem educação, ou com baixo nível de qualidade na educação, com escolas aquém das expectativas dos adolescentes e dos jovens, nós vamos apenas continuar formando alunos para ganharem um salário mínimo a sua vida inteira. E isso não pode ser projeto para um estado como o Rio Grande do Sul, que já foi protagonista e parâmetro em nível nacional, em diversas áreas mas, também, na educação. Precisamos andar para frente e trilhar um caminho para nos tornarmos o melhor Estado em educação. E vamos fazer esta caminhada como prioridade número um de nosso governo.

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