Farra da picanha foi denunciada pelos socialistas

28/12/2021 (Atualizado em 28/12/2021 | 10:47)

Foto: Foto: Marcelo Camargo/Ag Brasil
Foto: Foto: Marcelo Camargo/Ag Brasil


Enquanto a população enfrentava e tombava ante a pandemia da covid-19, o Ministério da Defesa de Jair Bolsonaro (PL) decidiu utilizar recursos que deveriam ser destinados para combater a doença para comprar filé mignon, picanha, camarão e bebidas alcoólicas. Porém, a partir de denúncia dos deputados socialistas Elias Vaz (GO), Denis Bezerra (CE), Bira do Pindaré (MA) e Gervásio Maia (PB), o Tribunal de Contas da União (TCU) ampliou a investigação e chegou a farra do Ministério da Defesa.

Foram R$ 535 mil usados para comprar itens de luxo como esses. Os dados da auditoria foram obtido pela Folha de S.Paulo.

Elias Vaz lembrou a batalha da população enquanto o governo Bolsonaro promove essa gastança.

Denis Bezerra destaca que a farra com dinheiro público não é de hoje.

A auditoria foi aberta para investigar supostas irregularidades na aquisição de gêneros alimentícios desde 2017.

Chamaram a atenção dos técnicos os gastos das Forças Armadas durante a pandemia em 2020.

Porém, parte do dinheiro usado para a compra dos itens não essenciais, como filé mignon e picanha, foi obtida da ação orçamentária “21C0 – Enfrentamento da Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional decorrente do Coronavírus”.

“Ressalte-se que, dos recursos destinados ao combate à pandemia Covid-19 utilizados indevidamente para aquisição de itens não essenciais (aproximadamente R$ 557 mil), 96% foram despendidos pelo Ministério da Defesa”, revelou o documento. Esse porcentual representa os R$ 535 mil.

Embora reconheça que a alimentação é direito dos militares em atividade, o TCU criticou a utilização de dinheiro para compra de itens luxuosos.

“Não parece razoável alocar os escassos recursos públicos na compra de itens não essenciais, especialmente durante a crise sanitária, econômica e social pela qual o país está passando, decorrente da pandemia”, afirmou a Corte no relatório.

Em março, Elias Vaz pediu a convocação do ministro Walter Braga Netto (Defesa) para explicar a compra de picanha e cerveja. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), decidiu acatar um recurso do líder do governo, deputado Ricardo Barros (PP-PR), e a convocação foi anulada.

Naquela época, porém, os gastos com itens de luxo ainda não haviam sido ligados aos recursos da covid.

Em nota, a assessoria de imprensa da Defesa afirmou que atuou no enfrentamento da pandemia.

Fonte: Socialismo Criativo