Dia da Amazônia: é urgente incluir a floresta na pauta política

06/09/2022 (Atualizado em 06/09/2022 | 14:17)

Foto: Reprodução

Neste 05 de setembro, Dia da Amazônia, é fundamental defender a existência de políticas públicas efetivas para o a preservação e desenvolvimento sustentável da maior floresta tropical do mundo e dos povos que nela habitam. Não é possível pensar o desenvolvimento econômico brasileiro sem considerar a Amazônia.

Seria uma equação simples, não estivesse o Brasil atravessando um dos momentos mais difíceis de sua recente democracia. Somente em julho de 2022 uma área do tamanho da cidade de São Paulo foi desmatada na floresta. Se considerarmos os três anos do governo de Jair Bolsonaro (PL), os meses de julho contabilizam, juntos, 4.600 km² de floresta derrubada.

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O número é quase 160% maior do que o registrado entre 2016 e 2018, quando a soma foi de 1.800 km². Os dados são do Deter, ferramenta do próprio governo federal que gera alertas rápidos para evidências de alterações da cobertura florestal na Amazônia e no Cerrado.

Em ano eleitoral, a pressão internacional para que o governo brasileiro priorize a Amazônia aumentou e a campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de Geraldo Alckmin (PSB) trouxe o tema para o centro da pauta.

Entre as prioridades do plano de governo da Coligação Brasil da Esperança (PT, PSB, PCdoB, PV, PSOL, REDE, SOLIDARIEDADE, AVANTE e AGIR) está o combate à fome e o enfrentamento da crise climática, do garimpo ilegal e do desmatamento.

Em todo o País, a área da Amazônia Legal corresponde a 58,93% do território nacional. Diante desses números é impossível pensar as políticas de desenvolvimento no Brasil, sem incluir a Amazônia na pauta política.

O programa de governo da chapa Lula-Alckmin traz a defesa do território amazônico como prioridade e os pontos presentes no plano de governo foi desenvolvido após um longo debate, que começou ainda com o processo de Autorreforma do PSB e a proposta Amazônia 4.0.

“A biodiversidade amazônica proporciona diversas vantagens competitivas mundiais e pode ser um fator estratégico na economia, principalmente pela possibilidade de inovação tecnológica na região, o que permitiria inserir o Brasil nas cadeias globais de valor”, afirma o texto da Autorreforma.

Lula-Alckmin e a Amazônia

Elevar a competitividade brasileira é uma das prioridades do plano de governo da chapa Lula-Alckmin e uma das medidas para tanto é a defesa do meio ambiente e aproveitamento industrial e comercial da biodiversidade amazônica.

O programa de Lula e Alckmin destaca a proteção dos ecossistemas e a promoção do desenvolvimento sustentável, bem como o enfrentamento do modelo predatório de exploração e produção, “agravado pela completa omissão do governo atual”.

A atividade minerária é também um dos pontos destacados no documento, assim como o combate à mineração ilegal. “O padrão de regulação minerária deve ser aperfeiçoado e a mineração ilegal, particularmente na Amazônia, será duramente combatida.

Defender a Amazônia da política de devastação imposta pelo atual governo também é prioridade. “Nos nossos governos, reduzimos em quase 80% o desmatamento da Amazônia, a maior contribuição já realizada por um país para a mitigação das mudanças climáticas entre 2004 e 2012. Já nos comprometemos com o futuro do planeta, sem qualquer obrigação legal, e o faremos novamente“, afirma o documento.


Fonte: Socialismo Criativo