"Quem apostar em irresponsabilidade fiscal vai errar”, diz Alckmin

28/11/2022 (Atualizado em 28/11/2022 | 08:53)

O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) defendeu, neste sábado (26), a responsabilidade fiscal e afirmou que manter o respeito às contas públicas não é “incompatível com avanços sociais”. “Quem apostar em irresponsabilidade fiscal vai errar”, disse Alckmin, que falou durante debate no Fórum Esfera Brasil. Ele também afirmou que “não pode ter inflação” e reforçou que reforma e simplificação tributárias estarão entre as prioridades do novo governo.


O pessebista, ao ser perguntado sobre o nome indicado para assumir o futuro ministério da Fazenda, afirmou que anúncio “está perto”. “Tudo tem seu tempo; está perto”, declarou.


“Cada coisa vem a seu tempo, vamos aguardar um pouquinho. O foco do presidente Lula é o Brasil crescer, atrair investimento, ter renda e melhorar a vida das pessoas.”


Atualmente, crescem as apostas para a indicação do ex-ministro e ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad para a principal pasta que comanda a política econômica do governo. O nome, porém, como toda a composição ministerial do governo Lula, segue sem ser anunciado.


Responsabilidade fiscal

“Eu não vejo como incompatível você ter responsabilidade fiscal e ter avanços de natureza social. Esse é o grande desafio, como crescer e atrais investimentos e, de outro lado, procurar melhorar a vida dos que sofrem mais”, afirmou Alckmin.


“Um crescimento com estabilidade. Não pode ter inflação, porque ela não é socialmente neutra, ela onera o mais pobre. O crescimento tem que ter sustentabilidade, não pode destruir meio ambiente”, acrescentou.


“Agenda de competividade”

Alckmin voltou a defender uma agenda de competitividade, com educação de qualidade, abertura comercial, reforma tributária com simplificação de impostos, redução do custo de capital e estabilidade econômica para a atração de investimentos.


“O Brasil precisa fazer mais acordos internacionais e procurar se integrar mais à economia do mundo. Se tiver cunha fiscal, vamos reduzir imposto. Queria cumprimentar o presidente (do Banco Central) Campos Neto pelo PIX, que é um sucesso. Podemos avançar muito”, completou.


Saúde

Enquanto o grupo temático (GT) de Saúde do governo de transição pede R$ 22,7 bilhões em recomposição do orçamento do setor em 2023, o vice-presidente eleito, Alckmin, defendeu, no evento, o direcionamento de mais recursos para a área.


“Com a população envelhecendo, mudanças epidemiológicas e medicina mais cara, é evidente que vai precisar de mais recursos (para a Saúde). Governar é escolher”, afirmou.


Alckmin garantiu que não haverá uma “bala de prata” para a economia e defendeu um conjunto de reformas e microrreformas.


“Pequenas reformas que no seu conjunto farão a diferença. Nada como um dia após o outro. Há muita ansiedade, mas não tenho dúvidas de que as coisas terão um rumo muito positivo para o nosso País”, completou.



Fonte: Socialismo Criativo com informações do Estadão