A representantes sindicais, o presidente do Senado, Rodrigo
Pacheco (DEM-MG), afirmou que a Casa pode avaliar a construção de um projeto
para criar uma renda mínima, caso não haja aumento no valor do
auxílio-emergencial. Na opinião do senador, este assunto deveria voltar ao
debate após o fim do pagamento do auxílio. A conversa ocorreu na última
segunda-feira (3), em uma reunião remota.
O presidente do Senado também incentivou os representantes
sindicais a seguirem pressionando o governo e os políticos.
“Não vamos desistir dessa discussão, vamos mantê-la, porque
ao finalizar o auxílio emergencial nós teremos condição de implantar no Brasil
um programa de renda mínima, renda cidadã, com valores quem sabe maiores do que
os valores atuais do Bolsa Família”, comentou Pacheco
Para esta segunda rodada do auxílio-emergencial, o Congresso
aprovou um aporte que vai de R$ 150 a R$ 300 para pessoas de baixa renda e
desempregados enfrentarem a pandemia. Em contrapartida, no ano passado, o valor
pago foi de R$ 600.
Autorreforma do PSB defende renda básica
Dentro da Autorreforma do PSB, o partido defende um modelo
de desenvolvimento econômico pautado no compromisso com o fim das desigualdades
sociais. Entre as teses, está a que defende a adoção de um programa de renda
básica universal que se constituísse enquanto uma exigência estratégica e
emergencial.
O documento cita, por exemplo, o momento de pandemia do
coronavírus, que revelou uma crise sem precedentes. Os socialistas apontam para
necessidades de natureza estruturante que emergem juntamente com os avanços
tecnológicos. Se por um lado esses avanços dinamizam a sociedade, por outro,
geram consequências negativas, como colocar à margem uma parcela da sociedade
incapaz de acompanhar as transformações. Daí a necessidade de políticas
inclusivas que olhem, igualmente, para esses trabalhadores.
A Autorreforma defende ainda uma tese para falar sobre “imperiosa
e urgente” necessidade de “atualização das pautas sindicais”. O caminho,
afirmam os socialistas, é a “realização de estudos sobre as adequadas formas de
representação dos novos trabalhadores, das novas formas de trabalho e do novo
modo de produção trazido pela economia 4.0”.
Auxílio-emergencial deve permanecer com valor atual
Apesar de cobranças da oposição, a tendência é que esta
rodada do auxílio-emergencial permaneça com os valores abaixo dos R$ 600. No
início de abril o governo depositou a primeira, das quatro parcelas acertadas
junto a congressistas.
Estima-se que 45,6 milhões de brasileiros devem receber este
benefício.
Números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) no mês passado indicaram que o Brasil fechou o mês de abril
com 14,4 milhões de desempregados. Enquanto isso, o rendimento médio habitual
do brasileiro ocupado caiu 2,5%.
Fonte: Com informações da Revista Fórum