Renda mínima entra no radar do presidente do Senado Federal

04/05/2021 (Atualizado em 04/05/2021 | 17:03)

A representantes sindicais, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou que a Casa pode avaliar a construção de um projeto para criar uma renda mínima, caso não haja aumento no valor do auxílio-emergencial. Na opinião do senador, este assunto deveria voltar ao debate após o fim do pagamento do auxílio. A conversa ocorreu na última segunda-feira (3), em uma reunião remota.

O presidente do Senado também incentivou os representantes sindicais a seguirem pressionando o governo e os políticos.

“Não vamos desistir dessa discussão, vamos mantê-la, porque ao finalizar o auxílio emergencial nós teremos condição de implantar no Brasil um programa de renda mínima, renda cidadã, com valores quem sabe maiores do que os valores atuais do Bolsa Família”, comentou Pacheco

Para esta segunda rodada do auxílio-emergencial, o Congresso aprovou um aporte que vai de R$ 150 a R$ 300 para pessoas de baixa renda e desempregados enfrentarem a pandemia. Em contrapartida, no ano passado, o valor pago foi de R$ 600.

Autorreforma do PSB defende renda básica

Dentro da Autorreforma do PSB, o partido defende um modelo de desenvolvimento econômico pautado no compromisso com o fim das desigualdades sociais. Entre as teses, está a que defende a adoção de um programa de renda básica universal que se constituísse enquanto uma exigência estratégica e emergencial.

O documento cita, por exemplo, o momento de pandemia do coronavírus, que revelou uma crise sem precedentes. Os socialistas apontam para necessidades de natureza estruturante que emergem juntamente com os avanços tecnológicos. Se por um lado esses avanços dinamizam a sociedade, por outro, geram consequências negativas, como colocar à margem uma parcela da sociedade incapaz de acompanhar as transformações. Daí a necessidade de políticas inclusivas que olhem, igualmente, para esses trabalhadores.

A Autorreforma defende ainda uma tese para falar sobre “imperiosa e urgente” necessidade de “atualização das pautas sindicais”. O caminho, afirmam os socialistas, é a “realização de estudos sobre as adequadas formas de representação dos novos trabalhadores, das novas formas de trabalho e do novo modo de produção trazido pela economia 4.0”.

Auxílio-emergencial deve permanecer com valor atual

Apesar de cobranças da oposição, a tendência é que esta rodada do auxílio-emergencial permaneça com os valores abaixo dos R$ 600. No início de abril o governo depositou a primeira, das quatro parcelas acertadas junto a congressistas.

Estima-se que 45,6 milhões de brasileiros devem receber este benefício.

Números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no mês passado indicaram que o Brasil fechou o mês de abril com 14,4 milhões de desempregados. Enquanto isso, o rendimento médio habitual do brasileiro ocupado caiu 2,5%.

 


Fonte: Com informações da Revista Fórum