Setor de serviços recua 4% de fevereiro para março, aponta IBGE

12/05/2021 (Atualizado em 12/05/2021 | 12:28)

Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

O volume de serviços caiu 4% na passagem de fevereiro para março deste ano, depois de duas altas consecutivas do indicador. As informações da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) foram divulgadas nesta quarta-feira (12), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com o resultado, o segmento voltou a ficar abaixo do patamar antes da pandemia de Covid-19, informou o pesquisador do IBGE Rodrigo Lobo.

“O setor mostrava um movimento de recuperação desde junho do ano passado e chegou a superar o patamar pré-pandemia. Mas, com a queda em março, encontra-se 2,8% abaixo do volume de fevereiro do ano passado.”
Rodrigo Lobo

Serviços em queda no acumulado do ano

Os setor teve quedas no acumulado do ano (-0,8%) e no acumulado de 12 meses (-8%). Na comparação com março do ano passado, houve crescimento de 4,5%.

Na passagem de fevereiro para março, três das cinco atividades do segmento tiveram queda em seu volume: os prestados às famílias (-27%), transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-1,9%) e profissionais, administrativos e complementares (-1,4%). Dois segmentos tiveram aumento no volume de serviços: informação e comunicação (1,9%) e outros serviços (3,7%).

A receita nominal do setor teve quedas de 0,4% na comparação com fevereiro deste ano, de 0,2% no acumulado do ano e de 7,7% no acumulado de 12 meses. Na comparação com março do ano passado, a receita cresceu 6,1%.

Recuperação comparada a março de 2020

Frente a março de 2020, o volume da atividade avançou 4,5% em março de 2021, interrompendo doze taxas negativas seguidas. O resultado deste mês trouxe expansão em quatro das cinco atividades e a 45,2% dos 166 tipos de atividades investigadas.

Entre os setores, os transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (8,8%) e os serviços de informação e comunicação (6,2%) exerceram as principais contribuições positivas sobre o volume total de serviços.

Com menores impactos no índice geral, os outros serviços (7,3%) e os profissionais, administrativos e complementares (0,7%) apresentaram incrementos de receita nos segmentos de recuperação de materiais plásticos; corretoras de títulos e valores mobiliários; administração de bolsas e mercados de balcão organizados; administração de fundos por contrato ou comissão; e atividades de apoio à produção florestal, no primeiro setor; e de atividades técnicas relacionadas à arquitetura e à engenharia; serviços de engenharia; atividades jurídicas; teleatendimento; e locação de automóveis; no último.

Fonte: Socialismo Criativo - Com informações da Agência Brasil