Representante da coligação ‘Unidos para mudar’, a candidata à prefeitura de Gravataí, Anabel Lorenzi (PSB), concedeu entrevista ao programa Gaúcha Repórter da Rádio Gaúcha, na quinta-feira (02/03). Durante dez minutos, a socialista respondeu a questionamentos formulados por moradores do município e destacou algumas propostas presentes no Plano de Governo. Destaque para as ações e os investimentos nas áreas da saúde, segurança geração de emprego e mobilidade urbana. Confira:
Qual é a sua prioridade numa eventual vitória nas eleições?
Anabel Lorenzi: Temos ouvido muitas reivindicações do nosso povo em relação à saúde. Portanto, nossas primeiras ações atenderão essa temática. No sentido de recuperar as estruturas, os equipamentos de saúde do município: os postos de saúde que estão precarizados, o 24 horas (Pronto Atendimento) que está sucateado. Em especial iremos nomear médicos aprovados em concurso público que estão desde 2015 aguardando para serem chamados. Através dessas ações queremos dar conta do atendimento da rede de atenção básica, que revela o principal reivindicação da nossa população. Nos postos de saúde, no 24 horas e na emergência do SUS, no hospital Dom João Becker.
Qual a sua proposta para o setor industrial e de desenvolvimento econômico?
Anabel: Infelizmente Gravataí tem ficado refém do setor metal mecânico. A GM cumpre um papel importantíssimo no município, mas não podemos ficar reféns de apenas uma matriz econômica. Uma das nossas principais propostas é criar um distrito industrial para as micros e pequenas empresas para atrairmos novos empreendimentos e, portanto, gerarmos novos empregos. A crise é também nacional, é estadual, mas o município não pode se omitir. Enfim, queremos diversificar a matriz econômica, ou seja, atrair investimentos nas áreas da alimentação, do vestuário, além de explorar o nosso potencial turístico: Gravataí tem 2/3 terços do município que é rural e podemos desenvolver o turismo rural, o turismo de negócios.
Além disso, estamos propondo a alteração da matriz tributária. O governo Marco Alba aumentou o ITBI, o IPTU e o ISS. E isso tem fechado as portas de diversos empreendimentos do município, porque as taxas foram muito elevadas. Somente o ITBI aumentou 50%, por exemplo. Isso do nosso ponto de vista atravanca o nosso desenvolvimento. Portanto, assim que assumirmos queremos reavaliar a matriz tributária para garantir que nenhum empreendimento feche as portas e para que Gravataí possa atrair nossos empreendimentos.
Muitos ouvintes reclamam, principalmente no verão, da falta de água. Se a senhora for eleita, qual será sua postura em relação à Corsan?
Anabel: Gravataí tem um contrato pactuado para 25 anos com a Corsan. Ele foi assinado pelo então secretário de estado da Habitação, que era o prefeito até dezembro de 2016, Marco Alba. Infelizmente é um contrato que não atende as necessidades da nossa população e, por isso, ocorre a falta de abastecimento. Existem R$ 38 milhões num fundo compartilhado, que não está sendo utilizado, prevendo ações para resolver os problemas de abastecimento do município e saneamento básico. Nossa proposta é reavaliar o contrato e repactuá-lo, garantindo novos termos para que o contrato, de fato, atenda à população. E fiscalizar rigorosamente a ação da Corsan.
Acredito também que a água precisa continuar ‘nas mãos’ do poder público. Do contrário, as tarifas seriam ampliadas. A prefeitura precisa fazer a sua parte, até porque o abastecimento de água é uma delegação do poder público municipal ao ente estadual, no caso a Corsan. É papel da prefeitura cobrar, fiscalizar e garantir o abastecimento.
Como a senhora atuará na área da segurança pública, sobretudo em relação à guarda municipal?
Anabel: A segurança pública precisa da atuação do Estado e do município de maneira compartilhada. A prefeitura tem a competência de equipar a guarda municipal, mas hoje, ela se encontra sucateada. A nossa proposta prioritária é equipar a guarda com tecnologias modernas. Além disso, queremos reativar as câmeras de vigilância. Havia 24 no município, com central de vídeo monitoramento, em parceria com a Brigada Militar, mas hoje estão desativadas. É uma ferramenta importantíssima para inibir a atuação dos bandidos. Também queremos criar duas bases avançadas da guarda municipal, nos dois extremos da cidade: na Caveira e na Morada do Vale para que a população tenha um acesso mais rápido e direto ao serviço. Na atualidade existe apenas uma situada na região central. A guarda municipal também precisa de uma ampliação no policiamento comunitário.
Como melhorar a mobilidade urbana em Gravataí?
Anabel: Gravataí é refém de uma estrutura muito antiga, em especial no centro da cidade. Precisamos criar vias alternativas. Para a ponte do Parque dos Anjos ? que é um trecho crônico, que congestiona, que não é duplicado, que está numa RS, que é competência do Estado ? estamos propondo a construção de um via alternativa que saia do centro da cidade, passe pela região do Rincão da Madalena e saia diretamente no Parque dos Anjos. Não é competência do município a duplicação das pontes. Quem assumir essa responsabilidade estará mentindo para as pessoas.
Transporte público:
Anabel: Temos percebido a reivindicação em relação às linhas atuais que não cobrem toda a cidade e obrigam a população a fazer o transbordo (baldeação) no centro da cidade ou em outros pontos. Não há linhas que articulem as várias regiões. Estamos propondo a criação de linhas transversais, diretas, que ligue às diversas regiões. Hoje todas as linhas se dirigem ao centro do município, que também contribuiu com o congestionamento na região. A região da 020, por exemplo, não tem ligação direta com a região da 030, que são duas regiões que estão em franco desenvolvimento e que precisam de uma ligação através do transporte coletivo. Com as linhas transversais iremos reduzir os congestionamento e ligaremos regiões importantes do município, facilitando aos trabalhadores e trabalhadoras e gerando desenvolvimento para a cidade.
Confira a entrevista na íntegra no link ao lado: http://zip.net/bxtGxg
Fonte: Assessoria