E no
Dia da Imunização, celebrado em 09 de junho, vale lembrar que – alguns dias atrás - milhares de
brasileiros de norte a sul do país foram às ruas pedir vacina, auxílio emergencial
de R$ 600,00 e o impeachment do presidente Bolsonaro.
Perceba
que, quando a população vê a necessidade de realizar uma manifestação em plena
pandemia, é porque o governo está se tornando mais letal do que o
próprio vírus.
O crescimento nos números de
mortes e infecções no Brasil é
consequência da ausência de um plano nacional de enfrentamento ao coronavírus,
o que se verificou com a falta de vacinas, insumos, medicamentos essenciais,
equipamentos, leitos do SUS, e até profissionais de saúde suficientes para
atender a demanda.
É preciso priorizar a saúde,
antes de pensarmos em reativar a economia, visto que, se existisse um programa
de vacinação em massa, as indústrias, empresas e o comércio poderiam abrir
livremente, sem a preocupação de haver um colapso no sistema de saúde.
Pra quem ainda duvida, a
saúde dos brasileiros reflete diretamente na economia do país: Em 2020, a taxa
média de desocupação foi recorde em 20 estados brasileiros. As maiores taxas
foram registradas em estados do Nordeste e as menores, no Sul do país. Esses resultados decorrem dos efeitos da
pandemia de covid-19 sobre o mercado de trabalho.
É necessária
a adoção de estratégias de políticas econômicas que evitem a perda de empresas
viáveis, geradoras de empregos, renda, tributos e mercado. O PSB defende a garantia
de renda básica universal como forma de assegurar o sustento de todos os
cidadãos, durante o período de transição e/ou requalificação, para todos, em
igualdade de condições, acesso e permanência nas políticas de educação, de
saúde, de assistência, de habitação, dentre outras.
A
pandemia da covid-19 se alastrou pelo Brasil e realçou, entre outras coisas, as
marcas da imensa desigualdade social e o papel fundamental de um sistema
público de saúde eficiente.
A saúde é um direito de todos e é dever
do Estado garanti-la mediante políticas sociais e econômicas.
Políticas que devem visar à redução do risco de doença e de outros agravos, e o
acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para promoção, proteção
e recuperação de qualquer cidadão.
Sendo
assim, em meio à crise sanitária que vivemos, é inadmissível que o orçamento da
saúde em 2021 retorne ao patamar pré-pandemia e que os estados tenham que
implorar ao Governo Federal por mais recursos para garantir a imunização da
população.
O Governo Federal enxerga apenas os
números que o favorecem e desdenha o fato de que inúmeras vidas
foram perdidas pela sua ineficiência para gerir a crise da Covid-19. A situação
do Brasil é calamitosa e se não realizarmos uma imunização em massa, a
população sofrerá – novamente – as consequências de um governo genocida. NÃO SÃO APENAS NÚMEROS, SÃO VIDAS!
Vale
ressaltar, ainda, que o então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, recusou a vacina da Pfizer a 50% do valor pago pelos EUA e União
Europeia por considera-las caras demais.
Até 70 milhões de doses da Pfizer poderiam ter sido entregues a partir de
dezembro por US$ 10 cada. A
vacinação antecipada poderia ter evitado mortes e os prejuízos bilionários
provocados pelo fechamento da economia.
Por Mário Bruck
Presidente estadual do PSB RS
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