Transformações da Educação Pós-pandemia do COVID-19

12/08/2021 (Atualizado em 12/08/2021 | 16:16)

Artigo de Neusa Bohn Motta (Campo Novo)

Neusa Bohn Motta


A pandemia de Covid-19 pegou a todos de surpresa e as escolas tiveram que lidar com um cenário completamente novo. Adaptar a nova realidade foi necessário reinventar várias práticas de ensino e criar novas ações para dar continuidade à aprendizagem dos alunos tornou-se uma tarefa imprescendivel. A pandemia trouxe consequências para todo o mundo, afetando a saúde, os aspectos econômicos, educativos e também sociais. “As notícias dos contágios e das medidas para combater a expansão do vírus ficavam a cada dia mais veiculadas e preocupantes.” (MONTEMERLI, 2020). Observam-se inúmeros discursos realizados universalmente em busca de curas, tratamentos e maneiras de salvar a economia. E todos esses fatores afetam significativamente o formato de se fazer educação.

Podemos destacar como aspectos positivos desse tempo o uso mais constante de novas metodologias de ensino. O aprendizado do aluno passou a ocorrer de forma não presencial ou remota, com o uso de ferramentas tecnológicas ou outros meios, sendo um desafio para os decentes que também tiveram que se adaptar e vivenciar muitas trocas de experiências uns com os outros.

Sabe-se que o Ensino não presencial depende de certo grau de comprometimento e autonomia do estudante, o professor encontra-se como um colaborador da aprendizagem em um ambiente educacional marcado por ferramentas tecnológicas (FARIAS, 2013). Porém, observou-se que as novas tecnologias podem acrescentar bastante na busca pelo conhecimento, principalmente neste momento, em que tudo é marcado por incertezas. Em diversas realidades, os meios digitais tornaran-se as únicas ferramentas de aproximações.

Como aspectos negativos podemos destacar a falta de interação físicas entre os alunos, a escasses de equipamentos eletrônicos, como computadores e notebooks, a falta de acesso à internet de boa qualidade. Foi diagnosticado algumas dificuldades de alguns alunos para obter o acesso a estes meios e o acesso à educação não presencial, o que pode propagar ainda mais a desigualdade social no Brasil. Além disso, muitas vezes ainda o aluno não possuia domínio suficiente da técnica para acessar as plataformas de ensino.

Ainda assim, concorda-se com De Oliveira e De Souza (2020), quando afirmam que: Diante de tantas incertas, vem à tona a necessidade de pensar nas estratégias que serão utilizadas para atenuar os impactos da crise provocada pela pandemia. Assim, surgem vários questionamentos, não só dos que estão na linha de frente executando as atividades – gestores escolares, professores e toda a equipe multiprofissional envolvida no processo educacional como, por exemplo, pedagogos, assistentes sociais, psicólogos, etc. –, mas também daqueles que tem o “poder da caneta”, no sentido de definir as diretrizes a serem seguidas (DE OLIVEIRA E DE SOUZA, 2020).

Agora os impactos da pandemia na educação já fazem parte da rotina da escola e trouxeram à tona algumas novas tendências para a área da educação. Com certeza muitas coisas podem ser aproveitadas na criação de um novo modelo que combine aulas não presenciais com atividades presenciais. Segundo informações, na página oficial da Ministra dos Direitos Humanos, Damares Alves, nesse mesmo momento o RS já vive uma situação que pode alterar definitivamente alguns aspectos da educação. Passa agora nas mãos do Gov. Eduardo Leite a oportunidade de proteger o direito Universal dos pais na escolha do gênero educacional dos seus filhos, caso sancione o PL 170/90, que visa regulamentar o ensino domiciliar. O STF já decidiu que o ensino domiciliar é constitucional, carecendo apenas de regulamentação.

Se essa mudança acontecer, já é o início mudanças definitivas na área da educação. O exemplo dos deputados gaúchos pode servir de inspiração para todo o país e ao Congresso Nacional.


Bibliografia

DE SOUZA PAES, Mateus Henry. Desafios e Metas para a Educação no Brasil no Póscoronavírus. Instituto de Pesquisa e planejamento urbano regional, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2020.

FARIAS, Suelen Conceição. Os benefícios das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) no processo de Educação a Distância (EAD). RDBCI: Revista Digital de Biblioteconomia e Ciência da Informação, v. 11, n. 3, p. 15-29, 2013.


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Fonte: PMCN