O Partido Socialista Brasileiro sempre esteve à frente de
seu tempo. Seus fundadores, em 1947, em uma atitude ousada e criativa ligaram o
socialismo à liberdade como condição “sine qua non” para uma efetiva justiça
social.
Foram considerados hereges em um mundo divido pela polarização
da guerra fria enquanto pregavam que “liberdade sem socialismo, liberdade não
é. E socialismo sem liberdade, realmente socialismo não pode ser*”.
Hoje, essa tese defendida há mais de 70 anos é
considerada atualíssima e inspiram os socialistas do século XXI a manter o
partido coerente com seus princípios, mas, também, os motivam a inovar e
recriar a prática da política partidária no Brasil.
E
nesse contexto, quando vivemos uma das maiores crises do sistema político
brasileiro, novamente o PSB se inspira em seus fundadores e em uma atitude inovadora,
realiza uma inédita autocrítica e se lança em um processo de autorreforma de
seu programa.
O
objetivo é se atualizar para uma mais que necessária reorganização social, um
projeto nacional de desenvolvimento e, é claro, um governo progressista
elaborado pelas bases e construído para o povo.
E
seguindo os princípios pétreos do partido, de socialismo, democracia e
liberdade, o PSB iniciou seu processo de autocrítica e autorreforma logo após a
Executiva Nacional publicar e divulgar um documento-base, em novembro de 2019, que
está sob consulta pública desde então, e traz um diagnóstico da crise política
e propostas inovadoras para o Brasil.
Assim,
entre agosto e setembro de 2021, os socialistas gaúchos dão continuidade ao
processo promovendo oito reuniões preparatórias aos Congressos Municipais nas
oito macrorregiões do Rio Grande do Sul, quando recebem todo material de debate
para dar as diretrizes dos congressos municipais da sigla, que acontecem entre
os dias 25 de agosto e 10 de outubro, quando, através das bases do partido ou
de qualquer outra pessoa interessada, o PSB vai atualizar seu programa e
adequá-lo à atual situação do Brasil.
As
propostas aprovadas nestes Congressos Municipais serão enviadas para o
Congresso Estadual, que novamente vai analisa-las, debate-las e, se for o caso,
aprova-las em um documento que será enviado para nova análise e discussão,
desta vez em âmbito nacional, concluindo assim, de baixo para cima, um dos mais
arrojados projetos políticos brasileiros dos últimos tempos.
O
Brasil mudou muito, e o PSB está atendo a essas mudanças para que possa, cada
vez mais, lutar por aquilo que interessa a toda a sociedade, e não a apenas
pequenos nichos de privilegiados.
*A frase é do fundador e ex-presidente do PSB, João
Mangabeira.
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