O ex-deputado federal e pré-candidato ao Governo do Estado pelo Partido Socialista Brasileiro no Rio Grande do Sul, Beto Albuquerque, concedeu entrevista para os 21 jornais regionais da sigla. Na ocasião, o socialista falou sobre suas motivações para conquistar o Piratini, seus planos como governador e, ainda, como pretende construir e estabelecer um diálogo com os outros partidos políticos.
>>> Confira a parte três da entrevista:
PSB/RS – Uma das marcas da sua trajetória é a capacidade de diálogo e articulação. Neste período pré-eleitoral e após, se eleito for, como pretende construir e estabelecer este diálogo com os outros partidos?
Beto Albuquerque - Nós vivemos um momento de muita polarização política, calcada em alguns falsetes, inclusive ideológicos, de muita gente agudizando ainda mais o discurso do “nós contra eles”. O Rio Grande do Sul só vai construir soluções para os seus problemas se tiver no comando, na liderança do Estado, alguém que seja capaz de ouvir mais do que falar, de fazer mais do que propor e, também, de conversar com aqueles que pensam diferente. A grande riqueza da democracia é ser um espaço para convívio entre os diferentes e os diferentes pensamentos.
Ideologia não é um valor absoluto de um governante ou da própria política. Ideologia é uma forma que a gente tem de enxergar as coisas, de olhar para o mais pobre com mais compromisso ou não, de olhar mais ou menos para quem está fora da escola, para quem está desempregado, de enxergar as prioridades para se ter desenvolvimento. Isso é uma forma que você, sendo de esquerda ou de direita, pode ver de maneiras diferentes. Agora, a grande virtude do homem público não é só ser de esquerda ou de direita. A grande virtude é ser honesto e competente, é resolver os problemas que afligem a população há muito tempo.
Então, nós precisamos estabelecer no diálogo com outras forças políticas a construção de soluções para os nossos problemas. Eu sou um cara que tem uma história neste campo de centro-esquerda, acredito que possa ser a grande referência ou o candidato deste campo progressista no Rio Grande do Sul, com capacidade de dialogar ao centro, ao centro-esquerda e com a própria esquerda no Estado. No meu palanque não vai subir quem não tiver apreço pela democracia, mas também só irá subir quem apoiar o nosso programa, a nossa candidatura e nos ajudar a transformar a educação do Rio Grande do Sul em um novo paradigma para todo o Brasil.
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