O deputado federal Heitor Schuch lamentou a decisão do
presidente Jair Bolsonaro, que em meio à pandemia provocada pelo coronavírus, anunciou
a demissão do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. “Promover mudanças
estruturais a essa altura em nada ajuda o combate ao problema. Só mostra falta
de seriedade para combater essa crise que atinge praticamente o mundo todo”,
criticou o socialista gaúcho.
A saída do político e ortopedista sul-mato-grossense, que
será substituído pelo carioca Nelson
Teich, foi criticada por vários setores da sociedade. Oncologista por formação
e empresário do setor da saúde, Teich foi consultor de Bolsonaro durante a
campanha presidencial, em 2018.
A bancada do PSB na Câmara Federal também criticou a decisão
do presidente. Confira, a seguir a nota:
"É com enorme preocupação que a bancada do Partido
Socialista Brasileiro na Câmara dos Deputados acompanha a condução do governo
federal no combate à COVID-19 no Brasil, em especial, diante da troca do
ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, em plena crise do novo coronavírus.
Na avaliação de nossa bancada, o país vive a crise sanitária
mais grave da história do Brasil, o que exige esforços sem precedentes para
minimizar os impactos desta doença para o povo brasileiro.
O PSB repudia o fato de que disputas políticas menores
estejam desviando o que deveria ser o principal foco do governo neste momento:
a saúde e a vida de todos os cidadãos.
A bancada cobra que a condução da crise sanitária seja
realizada de forma responsável e técnica, e em conformidade com as orientações
da Organização Mundial da Saúde (OMS), sempre levando em consideração medidas
adotadas por países que já enfrentaram a pior fase do COVID-19 e hoje se
encaminham para a retomada de suas atividades econômicas.
Para conter os impactos que a crise sanitária já está
causando na vida da população e na economia brasileira, a bancada do PSB na
Câmara cobra também que as medidas emergenciais de socorro aos brasileiros, às
empresas e aos estados e municípios sejam agilizadas a fim de garantir condições
básicas de sobrevivência para todos neste momento tão grave.
Bolsonaro não pode usar o Ministério da Saúde como
replicador de suas crenças infundadas e irresponsáveis. A pasta deve ser
ocupada por um quadro técnico, sério, que seja guiado pela Ciência e pelas
orientações da Organização Mundial da Saúde. Somente assim o Brasil conseguirá
evitar o cenário catastrófico que se desenha diante das inconsequências do
presidente da República.
Fonte: Comunicação/PSB RS