Schuch e bancada socialista na Câmara Federal criticam troca na Saúde em meio à pandemia

16/04/2020 (Atualizado em 16/04/2020 | 17:06)

O deputado federal Heitor Schuch lamentou a decisão do presidente Jair Bolsonaro, que em meio à pandemia provocada pelo coronavírus, anunciou a demissão do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. “Promover mudanças estruturais a essa altura em nada ajuda o combate ao problema. Só mostra falta de seriedade para combater essa crise que atinge praticamente o mundo todo”, criticou o socialista gaúcho.

A saída do político e ortopedista sul-mato-grossense, que será substituído  pelo carioca Nelson Teich, foi criticada por vários setores da sociedade. Oncologista por formação e empresário do setor da saúde, Teich foi consultor de Bolsonaro durante a campanha presidencial, em 2018.

A bancada do PSB na Câmara Federal também criticou a decisão do presidente. Confira, a seguir a nota:

"É com enorme preocupação que a bancada do Partido Socialista Brasileiro na Câmara dos Deputados acompanha a condução do governo federal no combate à COVID-19 no Brasil, em especial, diante da troca do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, em plena crise do novo coronavírus.

Na avaliação de nossa bancada, o país vive a crise sanitária mais grave da história do Brasil, o que exige esforços sem precedentes para minimizar os impactos desta doença para o povo brasileiro.

O PSB repudia o fato de que disputas políticas menores estejam desviando o que deveria ser o principal foco do governo neste momento: a saúde e a vida de todos os cidadãos.

A bancada cobra que a condução da crise sanitária seja realizada de forma responsável e técnica, e em conformidade com as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS), sempre levando em consideração medidas adotadas por países que já enfrentaram a pior fase do COVID-19 e hoje se encaminham para a retomada de suas atividades econômicas.

Para conter os impactos que a crise sanitária já está causando na vida da população e na economia brasileira, a bancada do PSB na Câmara cobra também que as medidas emergenciais de socorro aos brasileiros, às empresas e aos estados e municípios sejam agilizadas a fim de garantir condições básicas de sobrevivência para todos neste momento tão grave.

Bolsonaro não pode usar o Ministério da Saúde como replicador de suas crenças infundadas e irresponsáveis. A pasta deve ser ocupada por um quadro técnico, sério, que seja guiado pela Ciência e pelas orientações da Organização Mundial da Saúde. Somente assim o Brasil conseguirá evitar o cenário catastrófico que se desenha diante das inconsequências do presidente da República.

Fonte: Comunicação/PSB RS