Brasileiros vão às ruas pedir vacina, auxílio de 600 reais e impeachment de Bolsonaro

31/05/2021 (Atualizado em 31/05/2021 | 10:13)

Foto: Divulgação/Mídia Ninja
Foto: Divulgação/Mídia Ninja

De norte a sul do país, em todos os Estados, cidadãos saíram às ruas para protestar contra o presidente Jair Bolsonaro e a conduta negacionista de seu governo durante a pandemia de coronavírus, que já matou mais de 460 mil pessoas.

Convocadas pelos movimentos populares, as manifestações pediram vacinação para todos, pagamento de auxílio emergencial de R$ 600,00 e o impeachment do presidente.

Em muitas cidades, os participantes fizeram um minuto de silêncio pelas vidas perdidas com a Covid-19. No exterior, cerca de 200 cidades tiveram atos de protesto contra Bolsonaro.

Neste sábado, o país superou ainda os 16 milhões de registros da doença, segundo painel divulgado neste sábado (29) pelo Conass (Conselho Nacional dos Secretários de Saúde).

A escalada de mortes e infecções no país é consequência da ausência de um plano nacional de enfrentamento ao coronavírus, o que se verificou com a falta de vacinas, insumos, medicamentos essenciais, equipamentos, leitos do SUS, e até profissionais de saúde suficientes para atender a demanda crescente.

As manifestações deste sábado começaram pela manhã na capital Brasília, no Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Em São Paulo, o ato reuniu, entre a tarde e a noite, mais de 100 mil pessoas na Avenida Paulista, no centro da capital.

Em todos os atos foram observados os cuidados com o distanciamento, o uso de álcool e máscara, em muitas cidades, a distribuição de equipamentos de proteção pelos organizadores.

Rio de Janeiro

Na capital, os manifestantes realizaram um protesto no Centro, diante da estátua do Zumbi de Palmares, na Praça Mauá. Às 11h20, os manifestantes começaram a caminhada pela Avenida Presidente Vargas, em direção à Candelária.

Para o líder da Oposição na Câmara, deputado federal Alessandro Molon (PSB-RJ), a hora de Bolsonaro ‘está chegando’. “O povo não está mais aguentando tanto desrespeito, tanta fome, tantas mortes. #ForaBolsonaro”, escreveu em suas redes sociais.

Brasília

Na capital federal, desde o início da manhã os manifestantes ocuparam todas as pistas do eixo monumental na direção do Congresso Nacional, com carros de som, bandeiras e faixas. Segmentos organizados do PSB participaram dos atos. Uma carreata tomou conta de algumas das principais vias da capital.

O presidente do PSB-DF, Rodrigo Dias, que participou da manifestação, disse que o país não suporta mais o desprezo do governo Bolsonaro com a vida dos brasileiros.

“As manifestações demonstram um sentimento latente de que não dá mais para sustentar esse governo negacionista, que defende a cloroquina e a imunidade de rebanho, enquanto já morreu quase meio milhão de pessoas. No Brasil, muitas vidas poderiam ter sido salvas e ainda podem, por isso estamos lutando”, afirmou Dias.

São Paulo

Vários quarteirões da avenida Paulista, na região central de São Paulo, foram ocupados por uma multidão que pediu um basta ao desprezo à vida demonstrado pelo governo Bolsonaro.

São Luís

Em São Luís, os manifestantes colocaram cruzes na Praça Maria Aragão, em alusão aos mortos pela Covid-19 no país. “Essa luta é nossa!”, afirmou o deputado federal Bira do Pindaré (PSB-MA) em seu Twitter. O protesto aconteceu durante a manhã e foi transmitido pelas redes sociais.

Curitiba

Em Curitiba, os manifestantes se reuniram na Praça Santos Andrade à tarde. O deputado federal Aliel Machado (PSB-PR) afirmou que as manifestações não são partidárias, mas sim de pessoas que não suportam o governo Bolsonaro.

“A ideia é uma mobilização nacional, não de partidos, mas da sociedade, das instituições em defesa da vida. Isso é mais que a esquerda, isso é uma manifestação de todos que são contra a barbárie”, afirmou. O Estado do Paraná está há quatro dias sem leitos para pacientes de Covid-19 pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A ocupação das UTIs superou os 100%.

Salvador

“Pela ciência e pela vida, Fora Bolsonaro!”, afirmou a deputada federal Lídice da Mata (PSB-BA) em suas redes sociais. Em Salvador, os protestos se voltaram também contra o vice-presidente, Hamilton Mourão, os cortes nas universidades públicas e a reforma administrativa. A concentração ocorreu na praça do Campo Grande, pela manhã, seguida de caminhada até a praça Castro Alves.

Fonte: PSB Nacional