Alckmin: “Podemos ter divergências, mas o apreço à democracia nos une”

02/05/2022 (Atualizado em 02/05/2022 | 16:39)

Foto: Ruy Baron
Foto: Ruy Baron

O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin participou, durante o XV Congresso Constituinte da Autorreforma do PSB, na tarde desta sexta-feira (29), em Brasília, do grupo temático que analisou a conjuntura política nacional e se colocou à disposição para colaborar com as eleições de 2022. O nome dele foi indicado pelo PSB como vice na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva à presidência da República.

“Quero me colocar à disposição para por mais um tijolinho na construção do PSB, para viajar pelo país, onde eu puder ser útil e ajudar a fortalecer as candidaturas, levar a nossa mensagem. E me coloco, dentro das possibilidades de agendas, à disposição para a gente percorrer esse país continental”, disse Alckmin, complementando que a principal tarefa é trabalhar pelo desenvolvimento regional e ouvir os anseios da população de todo o país.

“Quantos Brasis nós temos aqui dentro desse país, com realidades totalmente diferentes? Nós temos que ter desenvolvimento regional, falar para o Acre, falar para Rondônia, falar e ouvir. Eu acho que essa é a grande tarefa. E a outra, eu acho que é ir ao encontro da sociedade civil, trazer jovens, mulheres, segmentos, convidar as pessoas porque um partido é feito de bandeiras e das mãos que empunham essas bandeiras”, afirmou.

Para o socialista, a eleição deste ano é fundamental e a tarefa principal é fazer um “mutirão” cujo princípio é o apreço pela democracia. “Podemos ter divergências, mas o apreço à democracia nos une e todos os valores do PSB, a pessoa humana, a obra prima do Estado é a felicidade das pessoas. Ninguém pode ser feliz se não tiver alimento, se não tiver emprego, se não tiver renda, essa é uma questão essencial”, disse.

Alckmin criticou a quantidade de partidos existentes no país. “O Brasil tem muitas legendas e poucos partidos. O PSB é um partido político e isso faz toda a diferença porque tem história, tem quadros, tem propostas, tem vida e tem apreço pela democracia. Essa é a questão central”.

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Além disso, o ex-governador elogiou os valores civilizatórios do PSB que, como lembrou, existem desde o primeiro Manifesto partidário datado de 1947. “Nós vivemos em um mundo muito mais desafiador. Por isso, os valores do PSB, civilizatórios, são mais do que atuais. Se nós queremos viver um mundo civilizatório, temos que ter respeito, solidariedade, fraternidade. O Manifesto de 1947 do PSB já falava dos direitos iguais entre homens e mulheres, já falava da gratuidade da saúde, era o SUS em 47”, citou.

Outro aspecto com relação à questão eleitoral que Alckmin ressaltou é que “política é convencimento”. “Nós temos que conversar. Política não se obriga, se conquista, se convence com argumentos. De maneira respeitosa, pacienciosa, mas a gente precisa ouvir bastante e dialogar”, disse, lembrando da importância do combate às fake news.

O ex-governador se propôs a fazer um estudo comparativo em todas as áreas essenciais entre os governos de Lula e de Jair Bolsonaro, para mostrar dados e argumentos para a população. “Eu me proponho a fazer um estudo comparativo em todas as áreas, porque acho importante para a eleição, com Lula e com o Bozo (sic), e levar esperança. Política é esperança”.

“O PSB é o partido da esperança, do desenvolvimento, da renda, para melhorar a vida da nossa população, melhorar a educação, melhorar a saúde, acabar com essa violência absurda”, completou.

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O socialista afirmou que “a política bem feita é amor ao próximo, é amor às pessoas, é amor a quem mais precisa”. Ao lembrar de um episódio entre o filho falecido Thomaz e seu pai, Geraldo José, Alckmin se emocionou.

“Thomaz, quando era menino, foi visitar o avô, meu pai, em Pindamonhangaba. Aí papai perguntou para ele se estava tudo bem. Thomaz respondeu que estava mais ou menos porque os pais estavam bravos com as notas na escola que não estavam boas. Meu pai lembrou que Thomaz era carinhoso, gostava das crianças, de cachorros e disse para ele: ‘na vida o importante não é ser o primeiro, mas é ser bom’”.

Alckmin finalizou afirmando que o PSB fará uma boa campanha eleitoral e que o dever do partido político é levar informações à população. “O povo não erra. Erra menos que as elites. Ele precisa ter todas as informações e é nosso dever levar essas informações em casa, com a família, com os amigos, na igreja, na escola, no trabalho, pela internet. É nosso dever esse trabalho. E o partido político é isso, é esse som do coletivo”.

Na mesa da reunião, também estavam presentes o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, o prefeito do Recife, João Campos, a vice-governadora do Espírito Santo, Jacqueline Moraes, o vice-presidente nacional de Relações Governamentais do PSB, Beto Albuquerque, o líder do PSB na Câmara, deputado federal Bira do Pindaré (MA), o deputado federal Alessandro Molon (PSB-RJ), a deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP), o ex-prefeito de Campinas, Jonas Donizette e as deputadas estaduais Laura Gomes (PSB-PE) e Pollyana Dutra (PSB-PB).

Assista na íntegra:

Fonte: PSB nacional