O pré-candidato do PSB ao governo de São Paulo, o ex-governador Márcio França defendeu, em entrevista à BAndNews FM, nesta segunda-feira (9), o ingresso direto ou seja, sem vestibular, de todos os estudantes do terceiro ano do Ensino Médio público no ensino superior gratuito.
Segundo França, a ideia é possível a partir da oferta de vagas em cursos a distância. O ex-governador citou como exemplo a ampla oferta de vagas nos cursos gratuitos da Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp) durante seu governo. Quando esteve à frente do Palácio Bandeirantes, em 2018, o número de vagas da instituição saltou de 3 mil para 50 mil.
França criticou a redução do número de vagas na Univesp no governo de João Doria (PSDB) e disse que os estudantes da rede pública ficaram sem aulas durante a pandemia, enquanto os alunos da rede privada mantiveram a rotina de estudos de forma remota.
“A gente tinha saído de 3 mil para 50 mil vagas, e eles [governo Doria] diminuíram, alegando que o ensino remoto não tinha qualidade. Ora, passou o tempo e veio a situação de pandemia, e a pandemia levou todo mundo à obrigação de ensino remoto”, afirmou. “Veja que absurdo, essa história de que as crianças tiveram aula remota, isso é uma mentira, todo mundo sabe disso. A maioria das pessoas não têm sequer computador, nem wi fi. Como elas tiveram aula remota, com o celular pequenininho? É impossível”.
Na avaliação do socialista, uma das formas de resolver a defasagem escolar na rede pública seria a contratação de professores e profissionais da educação para aulas nos fins de semana. “Vamos dizer que é tudo justo quando amanhã tiver um concurso ou um vestibular, e vai colocar o filho da pessoa que teve todos os dias aula remota pra concorrer com o outro que ficou dois anos sem aula?”, criticou.
Para a área da saúde, França sugeriu a abertura de unidades de saúde nos fins de semana para tirar o atraso de consultas e exames que ficaram represadas com a pandemia.
Durante a entrevista, o pré-candidato também criticou a política econômica do atual governo, que, segundo ele, aumentou impostos em áreas sensíveis à população mais pobre, como remédios, leite e carne. Para melhorar a economia, França sugeriu duas prioridades: diminuir a carga tributária e gerar empregos.
Fonte: PSB nacional - Com informações da BandNewsFM