O Rio Grande do Sul tem se consolidado na qualificação de seus vinhos e cachaças artesanais. A qualidade das bebidas foi atestada por jurados brasileiros e estrangeiros da versão brasileira do mais importante concurso de vinhos e destilados do mundo, o Concours Mondial de Bruxelles, em sua 15ª edição no Brasil. Este ano, a cidade de Bento Gonçalves sedia o evento.
“Para nosso Estado, são muito importantes concursos como esse, que valorizam e reconhecem as boas práticas de produção e incentivam a melhoria dos processos de nossos vinhos, espumantes e cachaças artesanais”, destacou o secretário do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR), Tarcisio Minetto, que representou o governador do Estado, José Ivo Sartori, em jantar com degustação da cachaça envelhecida da Casa Buchmann, no município de Presidente Lucena, na quarta-feira (5/4). O alambique Enzweiler & Buchmann foi um dos visitados pelos jurados do concurso. Na etapa brasileira do concurso de 2016, oito cachaças gaúchas receberam medalha de ouro e duas de prata.
Em uma área de 30 hectares, o técnico e responsável químico da Casa Buchmann, Paulo Buchmann, produz a matéria-prima que dá origem à cachaça envelhecida degustada no jantar. A bebida da Buchmann é um lançamento no segmento premium, que tem sido a aposta de vários produtores de cachaça do RS. Antes de visitar o alambique Enzweiler & Buchmann, em Presidente Lucena, os jurados do Concours Mondial de Bruxelles percorreram outras cachaçarias da região.
Além de gerar renda para a agricultura familiar, a produção de cachaça artesanal tem se tornado uma alternativa para o jovem rural e um modo de incentivar sua permanência no campo, a fim de dar continuidade aos produtos artesanais. A comercialização de produtos como a cachaça, que tem participação expressiva na agricultura familiar, também é valorizada com o selo Sabor Gaúcho, que a SDR concede a produtos cujos empreendimentos são legalizados e incluídos no Programa Estadual de Agroindústria Familiar (Peaf), que oferece qualificação técnica, legalização, acompanhamento técnico na elaboração de rótulos para produtos e assistência técnica nas questões sanitárias, ambientais e tributárias. Atualmente, 10 cachaçarias estão legalizadas no Peaf.
Para 2018, o setor tende a crescer. Conforme José Carlos Fortuna, Associação dos Produtores de Cana-de-Açúcar e Seus Derivados (Aprodecana), com as mudanças no Simples Nacional, que entrarão em vigor no ano que vem, as micro e pequenas empresas produtoras de cachaça devem ter redução de até 40% nos impostos pagos sobre a bebida.
Nathalie Sulzbach - Ascom SDR
Fonte: Assessoria