Programa de governo se faz ouvindo a sociedade, afirma Alckmin

07/06/2022 (Atualizado em 07/06/2022 | 11:29)

Foto: Reprodução/Twitter Geraldo Alckmin
Foto: Reprodução/Twitter Geraldo Alckmin

O pré-candidato a vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), ex-governador de São Paulo, afirmou que “um bom programa de governo democrático nasce assim, ouvindo e dialogando com a sociedade. Não é fazendo motociata, nem andando de jet ski”, em referência a Jair Bolsonaro (PL). A frase foi dita durante encontro com Lula (PT), e o ex-ministro Aloizio Mercadante, presidente da Fundação Perseu Abramo para elaboração do programa de governo da chapa Lula-Alckmin, neste final de semana. Os deputados Alessandro Molon (PSB-RJ) e Nilto Tatto (PT-SP), e o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) também participaram do evento.
Alckmin também disse o Brasil “pode voltar a ser líder mundial nas questões ambientais” com Lula na presidência.

Alckmin já havia destacado também a necessidade de recuperação salarial da população. Ele também defendeu o reajuste do salário mínimo acima da inflação.
“O salário mínimo está perdendo [perdeu] o poder de compra, 70% dos aposentados e pensionistas ganham apenas um salário mínimo, R$ 1.212. Nós vamos levar o salário acima da inflação, para melhorar o poder de compra”, disse Alckmin em vídeo exibido em telão no evento Café com Pastores, no último dia (29).
Alckmin também fez fortes críticas à proposta de homeschooling, tão defendida por bolsonaristas. Classificou a prática como “retrocesso”.

De acordo com o ex-governador, alfabetizar os filhos em casa em vez de na escola “é coisa do século 18. Como é antivacina, é antiescola. Ensinar em casa. Sem alimentação, sem professor, sem pedagogia, retrocesso”, disse. A afirmação de Alckmin foi realizada durante evento de pré-campanha com Lula em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. O debate sobre o ensino domiciliar foi ‘reacendido’ nas últimas semanas após a Câmara dos Deputados aprovar o texto principal do projeto de lei que regulamenta a proposta.

O PL, que é um dos mais polêmicos da chamada “pauta ideológica” de Bolsonaro e rejeitado por parlamentares da oposição, agora pode também enfrentar um entrave no Supremo Tribunal Federal (STF) devido a sua inconstitucionalidade.

Com a proposta, os pais ou responsáveis legais assumem a responsabilidade por dirigir o regime de ensino da criança ou adolescente dentro de casa. Mas os estudantes deverão estar regularmente matriculados em instituição de ensino, que deverá acompanhar a evolução do aprendizado.   

Durante o lançamento da chapa para concorrer à presidência da República, no último dia 07, o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSB), esteva com covid – e por isso afastado das festividades; mas não deixou de marcar sua presença no evento. Em discurso, feito por vídeo-transmissão, Alckmin reafirmou a união entre o socialista com o ex-presidente Lula (PT). “Até o final dessa missão, nós, presidente Lula, nós vamos estar juntos, apoiando e defendendo o seu governo, até que o seu trabalho tenha sido completamente realizado. Porque é disso que o Brasil precisa. E é essa a missão que determina a nossa aliança”, proclamou.

Alckmin fez um discurso de pouco mais de 15 minutos, à distância, de casa e saiu maior do que entrou da festa da qual nem estava presente. Em suas falas, Alckmin quebra desconfiança da esquerda, ganha protagonismo na campanha e solução para adesão de outras forças políticas. O ex-governador e agora pré-candidato a vice-presidente foi enfático ao defender a aproximação dos dois: “Obrigado, presidente Lula, por me dar o privilégio da sua confiança”. E garantiu: “Serei um parceiro leal”.

Alckmin defendeu a unidade ao redor da chapa. “Faço um chamado às demais forças políticas brasileiras: venham se juntar a nós. Ninguém duvide que sem Lula não haverá alternância de poder no país”.


Fonte: Socialismo Criativo - Com informações do Vermelho