Por Thiago Abreu*
No dia do Orgulho LGBT, celebramos as conquistas alcançadas ao longo dos anos, enquanto refletimos sobre os desafios que ainda enfrentamos como comunidade. No Brasil, uma nação rica em diversidade, nossa luta por igualdade e respeito tem sido marcada por avanços significativos, mas também pela dura realidade de que somos a população LGBT mais vulnerável do mundo. No entanto, há razões para renovar nossas esperanças, especialmente com o novo governo de Lula, que tomou uma importante medida inicial ao instituir o Conselho Nacional LGBT. É o momento de aproveitarmos esse momento histórico e impulsionar as mudanças necessárias para garantir um futuro mais seguro e inclusivo para todas as pessoas LGBT no país.
Ao olhar para trás, não podemos ignorar as conquistas que alcançamos como movimento LGBT. Lutas por direitos civis, reconhecimento legal de uniões homoafetivas, criminalização da homofobia e políticas públicas específicas foram marcos importantes. Celebramos a coragem de ativistas, aliados e todas as pessoas que lutaram incansavelmente para que pudéssemos viver com mais liberdade e igualdade.
Apesar dos avanços, o Brasil ainda enfrenta desafios alarmantes no que diz respeito à violência e discriminação contra a população LGBT. Infelizmente, somos a população LGBT que mais sofre violência e mortes no mundo. Crimes motivados por ódio, agressões físicas e verbais, e o preconceito enraizado em nossa sociedade continuam a ameaçar nossas vidas e a negar nossa dignidade.
A instituição do Conselho Nacional LGBT pelo novo governo Lula é um passo crucial para enfrentar esses desafios e criar um ambiente mais seguro e inclusivo para todos. Essa iniciativa mostra um compromisso claro com a defesa dos direitos LGBT e o reconhecimento de que precisamos avançar como sociedade. O Conselho, ao reunir representantes da comunidade LGBT, ativistas e especialistas, tem o potencial de ampliar nossa voz, traçar políticas efetivas e influenciar decisões governamentais em todas as esferas.
Com o novo governo, temos a oportunidade de trazer à tona questões fundamentais que afetam a comunidade LGBT, como o combate à violência, a garantia de acesso à saúde integral, o enfrentamento da discriminação no mercado de trabalho e a inclusão de pautas educacionais que promovam a diversidade e o respeito desde cedo. Podemos e devemos pressionar por políticas públicas inclusivas, campanhas de conscientização e programas de capacitação que capacitem a população LGBT a alcançar seu pleno potencial.
Neste Dia do Orgulho LGBT, faço um chamado a todas as pessoas LGBT, aliados e defensores dos direitos humanos para que continuemos lutando por um futuro melhor. Devemos permanecer unidos, fortalecer nossas alianças e elevar nossas lutas.
*Secretário nacional adjunto do LGBT Socialista e Dirigente Estadual do LGBT RS; professor e pesquisador no campo da saúde e educação voltados à população LGBT
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