Dia Internacional de Combate a LGBTfobia: Celebramos, mas não comemoramos.

29/05/2019 (Atualizado em 30/05/2019 | 13:17)

O dia 17 de maio é uma importante data para o calendário LGBT no Brasil, neste dia no ano de 1990 a Assembleia Mundial de Saúde (AMS) retira de sua classificação internacional de doenças a Homossexualidade de sua lista de distúrbios mentais de código (302.0).

O momento político atual é critico, por isso celebramos, mas não comemoramos. Nos últimos anos a população LGBT vem sendo caçada no Brasil, de acordo com o Grupo Gay da Bahia (GGB), no ano de 2017 445 pessoas LGBTs foram mortas, sendo 15 casos no estado do Rio Grande do Sul, já no ano de 2018 foram 420 mortes segundo o (GGB) sendo 11 mortes no RS, esses dados revelam que a cada 19 horas uma pessoa LGBT é barbaramente morta no Brasil, geralmente regadas com requintes de ódio e crueldade.

Hoje população LGBT no Brasil vive com medo, principalmente após a eleição do Presidente da Republica Jair Bolsonaro, as agressões morais e físicas que antes possuíam cunho velado hoje são explicitas principalmente por apoiadores e simpatizantes do atual presidente.

Todos estes dados e argumentos nos fornecem uma visão plena e clara de que a pauta e a luta LGBT não é mimimi. Essa população é atacada de todas as maneiras, tanto na perspectiva da violência física, moral, educacional, quanto e principalmente de existência. Enquanto não apontarmos os protagonistas que acometem essa violência dentro do sistema patriarcal que estamos inseridos, a LGBTfobia permanecerá como uma prática naturalizada. A LGBTfobia será diminuída e exterminada quando políticas publicas educacionais sejam de fato implementadas, quando mais LGBTs ocuparem a política e, principalmente, quando a população Brasileira compreender que nós LGBTs não queremos regalias e privilégios, mas sim apenas respeitabilidade e humanidade.


Fonte: Thiago Abreu- Secretário Estadual LGBT- PSB/RS