Há um ano, no dia 8 de janeiro, a Praça dos Três Poderes testemunhou o ataque mais violento contra a democracia desde o retorno das eleições livres no Brasil, em 1985. A depredação de estruturas do Congresso, do Supremo Tribunal Federal e do Palácio do Planalto simbolizaram um momento crítico e de uma escalada perigosa contra a ordem democrática, estimulada por Bolsonaro e seu séquito de apoiadores.
Numa ação planejada, com suspeitas de financiamento por parte de empresários aliados do ex-presidente, uma multidão de aproximadamente 4 mil vândalos, manifestando insatisfação com os resultados das eleições, invadiu as instalações do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do STF. O propósito por trás dessa investida era a consumação de um golpe de Estado.
A intentona golpista representou o ápice de uma trama que teve início muito antes. Contudo, a tentativa foi imediatamente frustrada por uma robusta e diligente defesa institucional. Os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário responderam de forma coesa, resultando na prisão em flagrante dos conspiradores e na instauração de investigações e condenações em curso.
O primeiro aniversário do 8 de janeiro foi marcado por forte defesa do Estado Democrático de Direito e da conquista dos direitos sociais. Atos em favor dos valores democráticos e do respeito às instituições ocorrerão em todo o país.
Em Porto Alegre, o ato previsto para acontecer no auditório do Sindicato dos Bancários foi para as ruas devido à grande adesão das pessoas a manifestação em defesa da democracia. Para o presidente estadual do PSB, Mário Bruck, a democracia não é um privilégio garantido. “Ela exige nossa participação ativa, nosso envolvimento nas discussões políticas e nosso voto consciente. É através dessas ações que podemos fortalecer nossa democracia e garantir que ela continue a proteger nossos direitos e liberdades”.
Em sua fala durante o ato, que reuniu centenas de pessoas, Bruck lembrou os tempos de ditadura e cassação de direitos políticos. Defendeu, ainda, a realização anual o ato em defesa da democracia como forma de alertar as novas gerações sobre o que representa a ditadura. “A ditadura tortura, mata e não pode prosperar no solo brasileiro”, disse ao reforçar o papel dos partidos democráticos que zelam pela democracia plena, pela democracia que não deixa faltar alimento na mesa dos trabalhadores, que permite a inclusão financeira dos pequenos empreendedores e respeita as diferenças.
Defender a democracia é reafirmar o compromisso com os direitos sociais conquistados após anos de luta e resistência contra um período obscuro da história do país. Por isso, a sociedade deve estar em alerta permanente sobre os perigos de tentativas de dilapidação da ordem democrática. Sem ela, a Constituição de 1988, que consolidou princípios e estabeleceu bases para políticas públicas que promovem a justiça social, jamais poderia existir.
São Leopoldo (Foto: Divulgação)
Porto Alegre- Sindicato dos Bancários (Foto: Fabiana Calçada)
Porto Alegre (Foto: Saul Teixeira)
Fonte: Com informações da ASCOM do PSB Nacional