“Eu e Alckmin queremos ser uma oportunidade para o Brasil”, diz Lula

16/09/2022 (Atualizado em 16/09/2022 | 13:22)


O ex-presidente Lula (PT) afirmou, nesta quarta-feira (14), durante encontro em São Paulo com cooperativistas e lideranças da economia solidária, que ele e o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) não querem apenas governar o Brasil, e sim ser uma oportunidade para o Brasil gerar mais empregos e renda aos cidadãos.

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Lula declarou aos trabalhadores cooperados que não espera deles apenas reivindicações, mas também colaboração para reconstruir o país. As políticas apresentadas pelo petista vão contra o desmonte do Estado causado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Vocês sabem que esse país hoje está pior do que estava em 2003, vocês sabem o que aconteceu. É como se tivesse passado uma praga de gafanhoto e destruído tudo que a gente tinha construído na área social. Significa que a gente vai ter que reconstruir tudo, inclusive estabelecer uma nova relação entre as instituições brasileiras”, explicou o ex-presidente.

O plano, garantiu Lula, é recuperar a relação entre os estados, municípios e governo federal, “porque foi tudo desmontado”. O ex-presidente citou como exemplo o problema educacional de crianças pobres, agravado pela pandemia e a fome, que voltou a assolar os lares de milhões de brasileiros, e que só o Estado pode fazer o investimento necessário para inverter essa lógica.

“Por isso, companheiros cooperados, da economia solidária, da economia criativa, que querem encontrar um outro jeito de trabalhar e de viver, estejam certos: eu e o Alckmin não seremos apenas governo, nós queremos ser uma oportunidade para vocês ajudarem a gente a fazer as coisas diferentes, as coisas melhores e as coisas mais importantes para esse país”, completou.

Associativismo e cooperativismo de Lula e Alckmin

Alckmin lembrou que ele e Lula, enquanto constituintes, ajudaram na criação de estímulo ao associativismo e cooperativismo, por meio do artigo 174 da Constituição Federal. “Agora é preciso sair do papel e fortalecer ainda mais esse trabalho”, disse lembrando ações que fez, durante seu governo de São Paulo, para estimular o cooperativismo.

“Não tenho dúvida de que esse é o caminho. Cooperativismo une solidariedade e empreendedorismo. O presidente Lula é compromissado com a economia solidária”, completou.

A presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, reforçou o compromisso de Lula e do ex-governador Geraldo Alckmin com a pauta do cooperativismo. “A gente sabe que o cooperativismo é muito importante para o desenvolvimento econômico e social brasileiro, principalmente com as mudanças no mundo do trabalho”, disse, destacando especialmente o papel das mulheres no cooperativismo e na economia solidária.

Reiterando a fala de Alckmin, o candidato ao Senado por São Paulo Márcio França (PSB) lembrou que a legislação que trata do cooperativismo de 1971 e que precisa ser atualizada para atender as necessidades do atual Brasil.

“Precisamos mudar essa legislação. Precisamos garantir para cooperativas, por exemplo, a atualização do valor da merenda escola. Eles vendem praticamente para as merendas e a merenda está defasada. Os valores são muito pequenininhos. Estão há quatro anos sem reajuste”, disse, sugerindo criação de secretaria especial para cuidar da economia criativa, solidária, cooperativa. “Muito das coisas que precisam dependem de legislação. Se tiverem a força política, eles conduzem o resto”.

Fonte: Socialismo Criativo