O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), Geraldo Alckmin, anunciou um pacote de medidas para acelerar a digitalização da indústria brasileira, com investimentos que totalizam R$ 186,6 bilhões entre recursos públicos e privados.
Durante uma cerimônia no Palácio do Planalto, na quinta-feira (11), Alckmin detalhou as metas, prioridades e os primeiros aportes da Missão 4 do programa Nova Indústria Brasil (NIB), o plano estratégico do governo para impulsionar o setor industrial.
Do valor total de investimentos, R$ 42,2 bilhões já foram alocados pelo setor público e outros R$ 58,7 bilhões serão direcionados nos próximos três anos. Da parte do setor produtivo, os investimentos somam R$ 85,7 bilhões.
O objetivo da Missão 4 da NIB é transformar digitalmente 50% das empresas industriais brasileiras até 2033, com meta intermediária de 25% em 2026, assegurando que a participação da produção nacional triplique nos segmentos de tecnologias emergentes e disruptivas. Atualmente, o percentual de indústrias digitalizadas é de 18,9% (2023).
Os primeiros investimentos serão direcionados à fabricação de chips, fibras óticas e robôs, instalação de datacenters e computação em nuvem, otimização de processos industriais, telecomunicação, eletromobilidade, desenvolvimento de softwares e implantação de redes de infraestrutura, entre outras áreas.
A Missão 4 do programa industrial tem como desafio fortalecer as cadeias produtivas de semicondutores, robôs industriais e produtos e serviços avançados.
Segundo Alckmin, este é um importante passo para que o Brasil entre nas cadeias globais de tecnologia de ponta. A iniciativa busca impulsionar a revolução digital no país, aumentando a competitividade da indústria brasileira e gerando empregos mais qualificadas e de maior renda.
Durante o evento, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou a lei que incentiva a produção nacional de semicondutores.
Serão direcionados R$ 21 bilhões até 2026 para estimular investimento em pesquisa e inovação nas cadeias de chips e eletroeletrônica, com aplicações voltadas para painéis solares, smartphones, computadores pessoais e outros dispositivos associados diretamente à chamada indústria 4.0.
Brasil mais Produtivo
Durante a cerimônia, foram também anunciadas novas iniciativas voltadas às indústrias participantes do programa Brasil Mais Produtivo, uma parceria entre Sebrae, Senai, BNDES, ABDI, Finep e Embrapii.
As propostas incluem um investimento inicial de R$ 160 milhões para a criação de “smart factories” e outros R$ 400 milhões destinados a projetos de digitalização, somando R$ 560 milhões.
O programa tem como meta aumentar a produtividade de micro, pequenas e médias empresas por meio de ações como manufatura enxuta, eficiência energética e apoio à transformação digital.
Fonte: Assessoria de Comunicação/PSB Nacional